A Algicel produz microalgas na Região Autónoma dos Açores, mediante um processo tecnológico patenteado. A Gestão de Topo perspectivou a actividade da empresa com um conjunto de valores, que se adequam aos ODS (objetivos de desenvolvimento sustentável) definidos em 2015 pelas Nações Unidas, nomeadamente a Ética, Saúde, Verdade, Ambiente, Trabalho, Perseverança, Inovação e Respeito. Estes valores consubstanciam-se em decisões que têm impacto não somente na empresa mas também nos seus trabalhadores, no ambiente e na sociedade numa lógica alinhada com os mencionados ODS, senão vejamos:
A Algicel optou por manter, sempre que possível, a paridade entre homens e mulheres, tanto no que respeita ao número de colaboradores como na remuneração sem qualquer descriminação para os colaboradores que estejam enquadrados nas mesmas categorias profissionais. Neste momento a Algicel emprega igual número de homens e mulheres.
A Algicel estabeleceu processos de reutilização de água que permitem a redução drástica do seu consumo e possui métodos físicos de microfiltração daquela que é utilizada nos cultivos, bem como dos efluentes, garantindo a isenção de qualquer tipo de contaminação. Utiliza-se a microfiltração também para a água de consumo dos trabalhadores, evitando-se a engarrafada.
A Algicel possui um parque fotovoltaico e vai aumentar a capacidade para se aproximar da autossuficiência energética.
A Algicel consome energia eléctrica que provém do fornecedor público EDA. Importa realçar que 40% da produção energética da EDA provém de uma central geotérmica. Por esta via, qualquer empresa que opere na ilha de São Miguel, indirectamente, beneficia desta produção de energia renovável no que respeita à sustentabilidade da sua actividade.
A Algicel contribui activamente para a geração de emprego remunerado com justiça e igualdade. Impacta no tecido económico regional numa base exportadora e sustentável. Utiliza e valoriza recursos endógenos e apresenta baixo consumo de recursos por comparação com indústrias clássicas. Utiliza propriedade intelectual própria e valoriza a qualificação profissional dos seus colaboradores, empregando pessoas de todo os níveis de formação (do nível 1 ao nível 8), com idades compreendidas entre os 23 e os 55 anos.
Por outro lado, a Algicel traz para os Açores, uma região económica e socialmente deprimida, uma actividade que se enquadra nas linhas e objectivos estratégicos actuais da UE, privilegiando a economia azul, a inovação, o conhecimento científico baseado em parcerias com as Universidades, tecnologia e exportação.
A Algicel assenta a sua actividade em processos de inovação internos que resultaram em propriedade intelectual, nomeadamente nas patentes de tecnologia nº 105755 e nº 105809, e mantém a investigação científica como um vector de desenvolvimento futuro, tendo em curso vários projectos em distintas fases de progresso.
A Universidade dos Açores é o parceiro privilegiado para os processos de investigação e inovação aplicada desenvolvidos na empresa, que também disponibiliza meios à própria Universidade para divulgação e formação de novos investigadores.
Os processos produtivos da Algicel foram concebidos em moldes que permitem mitigar riscos de contaminação por outros produtos, através do seu uso racional e optimizado.
O processo produtivo não utiliza qualquer combustível fóssil e contempla a geração de energia renovável, nomeadamente fotovoltaica.
A microalga Haematococcus pluvialis produz como um dos seus metabolitos a Astaxantina, sendo esta substância ativa natural utilizada para a produção de suplementos alimentares. Este é um processo natural por oposição à produção de Astaxantina sintética com base em reacções químicas de derivados do petróleo, fraca em sustentabilidade, qualidade e segurança.
O processo de produção da Algicel baseia-se no desenvolvimento vegetativo da microalga Haematococcus pluvialis, cujo metabolismo é regulado pela fotossíntese. A fotossíntese contempla o consumo de CO2 e a produção de O2. O balanço de massas é de 1,5 kg de consumo de CO2 por cada kg de biomassa de microalgas produzido.
O terreno utilizado pela Algicel no cultivo outdoors, actualmente, de cerca de 1ha, que será ampliado para 3ha, não foi impermeabilizado, tendo-se optado pela colocação de pequenos maciços de ancoragem para as estruturas metálicas de suporte dos fotobiorreactores.
Não se utilizam combustíveis fósseis no processo produtivo da Algicel, e produz-se energia renovável (fotovoltaica).
A microalga cultivada pela Algicel trata-se de uma estirpe de Haematococcus pluvialis isolada na ilha de São Miguel e totalmente adaptada às condições específicas do clima e dos solos açorianos. Deste modo não se utilizam estirpes, muito menos espécies invasoras, preservando-se o ecossistema e a biodiversidade locais.
